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Tipos de anestesia: para que servem e quais as opções

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Postado: 8 de setembro de 2021

A anestesia é um procedimento médico utilizado para o bloqueio temporário da capacidade cerebral de reconhecer um estímulo de dor ou sensação de desconforto. Seus efeitos tornam possível a realização de cirurgias e de determinados procedimentos e exames específicos.

A aplicação da anestesia também tem a importante missão de bloquear a musculatura do paciente, fazendo com que a pessoa permaneça completamente imóvel. Além disso, é capaz de causar amnésia e, por isso, o indivíduo não se recorda dos momentos durante o procedimento.

Existem praticamente três tipos de anestesia: geral, regional e local. A decisão por qual tipo escolher será do médico anestesista, sempre em conjunto com o cirurgião responsável e com o consentimento do paciente.

Tanto cuidado para avaliar qual o melhor tipo de anestesia para cada caso se deve ao fato de ser um procedimento que envolve uma gama de fatores, tais como: o histórico de saúde do paciente, alergias a substâncias ou doenças preexistentes, problemas com algum tipo de anestesia em cirurgia anterior, entre outras questões que serão dialogadas no decorrer da consulta pré-anestésica.

Conheça aqui quais são os tipos de anestesia e em que situações cada uma delas pode ser indicada.

Tipos de anestesia

1. Anestesia geral

A anestesia geral é o tipo indicado para as cirurgias consideradas de maior complexidade e que não seja possível anestesiar somente uma parte do corpo. Também é indicada para cirurgias em crianças, para proporcionar maior conforto e segurança.

Os medicamentos mais usados na anestesia geral são: hipnóticos, opioides, relaxantes musculares e gases halogenados.

Após a aplicação, o paciente permanece completamente inconsciente e sem movimentos no corpo, uma vez que os medicamentos anestésicos sedam o paciente profundamente. Além disso, é necessária a assistência ventilatória para ajudar o paciente a respirar.

A anestesia geral pode ser administrada de duas formas: injetado na veia do paciente (anestesia geral venosa) ou inalado (anestesia geral inalatória), através de uma máscara de gás, que alcança a circulação sanguínea, por meio dos pulmões. O anestesista também pode optar por combinar as duas técnicas, procedimento chamado de anestesia geral balanceada.

2. Anestesia regional

A anestesia regional é indicada para cirurgias que se realizem em apenas uma parte específica do corpo através do uso de anestésicos locais. Podem ser anestesiados, por exemplo: braços, pernas e abdômen inferior. E podem ser associadas a anestesia geral para maior comodidade do cliente. Este tipo de anestesia pode ser realizado através da raquianestesia, peridural, bloqueio de nervos periféricos e anestesia local.

Anestesia raquidiana

Na anestesia raquidiana, o anestésico é administrado por intermédio de uma agulha de fino calibre no líquido que circula na medula espinhal, chamado de líquido cefalorraquidiano. Dessa forma, o anestésico entra em contato com os nervos, causando a perda da sensibilidade dos membros inferiores e da zona inferior do abdômen. O efeito tende a desaparecer ao final de 2 horas.

Peridural ou epidural

A anestesia peridural ou epidural visa a bloquear a dor e a sensibilidade de apenas uma parte do corpo. O medicamento anestésico local é administrado por meio de um cateter colocado no espaço epidural, que se encontra próximo à medula espinhal.

Assim como a anestesia raquidiana, na anestesia peridural também se perde a sensibilidade dos membros inferiores e da zona inferior do abdômen. Aliás, as diferenças entre os dois tipos são: o local onde será administrada a anestesia e o tipo de agulha e anestésico utilizados.

Anestesia dublo bloqueio

Já a anestesia sequencial consiste na combinação das anestesias raquidiana e peridural.

Bloqueio dos nervos periféricos

Neste tipo de anestesia o objetivo é bloquear, de forma isolada, os nervos responsáveis pela sensibilidade em uma região bem específica. Para tanto, o anestésico é administrado ao redor dos nervos, levando à perda das sensações e do movimento do membro em que irá ocorrer a cirurgia. Se usa a ultra-sonografia para melhor identificação dos nervos a serem bloqueados melhorando a segurança do procedimento

3. Anestesia local

A anestesia local é o tipo mais comum e é a única que pode ser administrada por médicos de quase todas as especialidades. É também utilizada por dentistas em consultórios e clínicas dentárias. Essa modalidade tem como finalidade bloquear os receptores para dor na pele e nos nervos mais superficiais, o que impede o envio desses sinais para o cérebro.

É comumente administrada por meio de injeção de anestésicos na pele e nos tecidos subcutâneos em diversos procedimentos, como suturas da pele, punções de veias profundas, biópsias, punção lombar ou de derrame pleural. Também pode ser usada como gel ou spray em alguns casos, como no exame de endoscopia digestiva.

A depender da condição de saúde do paciente, a anestesia local pode ocasionar efeitos colaterais, como enjoo, dor de cabeça, alergias, dificuldades para respirar, aumento da frequência cardíaca, entre outros. No entanto, esses episódios não costumam ocorrer com frequência. Lembre-se: Independente do tipo de anestesia a ser administrada em sua cirurgia, ela deve proporcionar conforto, bem-estar e segurança. Converse com o seu médico cirurgião para agendar a consulta pré-anestésica. Com certeza, você se sentirá mais seguro e menos tenso com a proximidade da data do procedimento que irá realizar. 

Publicado por: janpc

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