Você sabia que existem pelo menos 150 tipos de dores de cabeça e que mais da metade da população mundial experimenta, pelo menos uma vez ao ano, uma forma delas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS)? Com diferentes causas e intensidades em cada pessoa, o fato é que uma simples dor de cabeça, ao se tornar recorrente, precisa ser valorizada, pois pode indicar alguma doença mais grave e que necessita de avaliação médica e tratamento imediato, como é o caso da cefaleia crônica diária.

Esse tipo de cefaleia acomete, em média, 5% da população mundial adulta, de acordo com a OMS, representando a segunda causa mais comum de queixas em consultas neurológicas ambulatoriais, atrás somente dos transtornos mentais, como a depressão e a ansiedade. Para identificá-la, é preciso estar atento aos principais sinais: dor de cabeça intensa, com duração mínima de quatro horas e que permaneça por mais de 15 dias.

O alerta também se estende para os perigos da automedicação, que pode agravar o quadro de saúde da pessoa, ou até mesmo mascarar um problema que precisa de tratamento imediato. Conheça as principais causas da cefaleia crônica diária, seus fatores de risco e os tratamentos existentes.

O que é a cefaleia crônica diária?

A cefaleia crônica diária é uma síndrome que abrange quatro doenças causadoras de fortes dores de cabeça, sendo elas: enxaqueca transformada, cefaleia tensional crônica, hemicrania contínua e cefaleia nova diária. O tipo mais comum é a cefaleia tensional crônica, que tem como principal causa o estilo de vida das pessoas, incluindo uma rotina com baixa qualidade do sono, má alimentação, a presença de distúrbios emocionais, como ansiedade, estresse e depressão, dentre outros.

Conheça os fatores de risco para a cefaleia crônica diária:

– Gênero feminino, devido às alterações hormonais;

– Uso excessivo de analgésicos;

– Transtornos emocionais, como ansiedade, estresse elevado e depressão;

– Consumo exagerado de cafeína;

– Obesidade;

– Distúrbios reumatológicos;

– Distúrbios ortopédicos;

– Fibromialgia;

– Síndrome miofascial, artrose ou hérnias de disco;

– Dentre outros.

Como tratar a cefaleia crônica diária?

O tratamento da cefaleia crônica diária precisa ser determinado pelo médico, sendo o neurologista clínico o mais indicado para acompanhar o paciente durante todo o processo. Para os casos mais brandos, o tratamento tem como base o uso de medicamentos preventivos para a dor, aliado à prática de atividades físicas, alimentação saudável, dormir bem, afastar-se de situações estressantes, dentre outras atitudes que possam causar ansiedade e prejuízos para a saúde, e que são capazes de desencadear outras doenças.

Já para os quadros mais avançados da cefaleia crônica diária podem ser determinados tratamentos mais longos, com a aplicação de outros recursos para além dos analgésicos e que já estão disponíveis no mercado. Porém, é extremamente importante que os pacientes não se automediquem, pois o uso de remédios sem prescrição médica pode não aliviar os sintomas e, por vezes, agravar ainda mais o quadro de dores de cabeça.

Lembre-se: Ter dor de cabeça frequentemente pode ser um sinal que o corpo emite de que algo não está bem em nosso organismo, e apenas um especialista poderá avaliar como aliviar os sintomas e melhorar a sensação de bem-estar. Então, antes de pensar em recorrer diariamente aos medicamentos por conta própria, procure ajuda médica e invista em hábitos de vida mais saudáveis. Com certeza, você ganhará muito em qualidade de vida.